terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Então é Natal ...


Enquanto todos se sentam à mesa esperando um último amigo, um último familiar, todos ali esperam calorosamente pela chuva de fogos e rojões. A champanhe está prestes a ser estourada, todos aguardadam. As conversas, o brilho no olhar, os sorrisos, tudo isso faz a noite valer a pena. Estão juntos de quem se amam, e estão felizes. A esperança, a fraternidade, a alegria, a felicidade e o AMOR pairam no ar nesse momento, e então todos podem dizer FELIZ NATAL, com um incomum brilho nos olhos, desses de desenho japones. E tudo passa a valer a pena. A rolha do vinho passa a ter razão de existir, assim como os sorrisos, os familiares, o amor que sentimos por eles, porque é Natal, e os sentimentos estão mais expostos, estão mais calorosos.

Enquanto houver pessoas com essa chama natalina acesa, o verdadeiro sentido do Natal não morrerá jamais.

O que importa é a intensidade, não o tempo de duração.


FELIZ NATAL!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Eu estou bem, apesar das palavras ditas no silêncio, da saudade do vento, de lutar contra o tempo de tentar esquecer o medo de amar.
Eu estou bem, apesar da dor de um sentimento, de esquecer um bom momento, de te perder no ar.

Pela necessidade de escrever alguma coisa, pela necessidade de falar, dizer, sem nem compreender se realmente tem alguma razão.
Realmente eu estou bem, por menos que eu esteja.

Corações recortados

Em plena escuridão que pena sobre os cômodos
Eu pude me sentir completa e só
Entre papéis e medos eu estive bem
Recortando corações impróprios para o amor

Eu estive durante muito tempo colecionando cores
Estive também colecionando amores
Corações de papel e seus sentimentos tão reais
E os retalhos pelo chão, dos quais nem me lembro mais

Meus recortes sublinhados, minhas imagens embaçadas
Recortando corações eu me sentirei melhor
Recortando emoções, recortando solidão.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A hipocrisia e a sobrevivência

Pela rua distraída observando a nitidez de um céu completamente azul, me deparo com a realidade que poderia se tornar irreal, se todos nós quiséssemos. De um lado, a dor de alguém que tem de achar nos lugares mais impróprios possíveis algo pra se alimentar, pra sobreviver. Talvez no lixo, nos restos de um outro ser-humano igual à ele. E isso não tem outro nome senão sobrevivência. Ao olhar para o outro lado, vejo outro alguém, como eu, como você, como a outra pessoa que precisa sobreviver. Ele está ali, e gasta fortunas, e ri, e possui um relógio de ouro no braço, um carro blindado e paga numa simples camisa o dinheiro que o outro ser-humano ao seu lado, usaria para se alimentar durante um ano ou mais. A hipocrisia do homem com o relógio de outro vai além, assim como sua ganância. Ele nem fita o outro que busca alimento no lixo. Ele não o vê, e pronto. Não quer vê-lo. Só vê o que quer. Vê as roupas caras, os relógios de ouro, os carros importados, o luxo, o dinheiro... Mas não vê, aquele que necessita de um pouco de comida, de uma mão estendendida, para poder sobreviver. Seus olhos se cerram para isso. É como se aquela pessoa ao seu lado que recolhe sua sobrevivência não fosse como ele, não tivesse sentimentos, direitos, virtudes e defeitos, sonhos escondidos. O homem do relógio de ouro está ali e nada vê. Vê apenas um pobre que se alimenta do que ele acabou de despejar no lixo. E para ele isso é tão comum, é como uma selva, sem leis, sem solidariedade, sem humanidade. O homem olha se choca, sente piedade, caminha, e depois de alguns minutos se esquece do que viu. O outro ser-humano que busca sobrevivência do lixo jogado pelo homem do relógio de outro continuará ali, sabe-se até quando. Outras pessoas passarão, o olharão, se chocarão, terão piedade, e caminharão esquecendo-se sem nem estender a mão, sem nem ajudá-lo a viver um dia mais "humano".

domingo, 11 de novembro de 2007

Sonhos ...

Enquanto eu sonho posso ter minha própria fantasia, e fazê-la virar realidade. Posso ser princesa ou fugitiva. Posso estar presa no alto da torre, ou ser a coadjuvante da história. Eu sou a narradora e por tanto, em meu sonho faço o que quiser fazer. Corro livre pelas montanhas e sinto o vento frio bater em meu rosto. Posso estar caminhando entre os montes urais, ou pelas pirâmedes do deserto Egipício, até mesmo pelo Polo Norte, cortando a neve. E isso me traz uma ligeira dimensão de como nosso planeta é extenso e cheio de culturas, formas de relevo, mares, rios, bosques, pântanos, montanhas e florestas, e isso me traz ligeira alegria. Vivendo isso em sonho. Sim o sonho é uma forma de liberdade, de ser quem não se tem coragem de ser, ou de fazer o que não se tem coragem de fazer. O sonho é mais do que memórias, pode ser a viagem da alma. E quem sabe o sonho também não prevê antecipadamente coisas que nos ocorrerão? Sonhos são pequenos pontos de liberdade que vivemos aos poucos sempre que a escuridão chega. E o mais extasiante: sonhos são ou podem se tornar realidade.

sábado, 10 de novembro de 2007

Decepção? Não... Aprendizado

Muitas vezes, nós nos enganamos com nós mesmos, outras vezes com outras pessoas. A maioria denomina isso como decepção, eu não sei se seria o nome certo, talvez fosse... Aprendizado.
Com os erros nós aprendemos. Caímos e levantamos diversas vezes, só assim saberemos qual o caminho devemos seguir. E eu percebi que mesmo que seja involuntariamente acabamos também 'decepcionando' alguém. Talvez alguém também nos decepcione involuntariamente. Nós seres humanos somos seres tão complicados, que ninguém mesmo consegue entender a própria mente, muito menos a dos outros. E mesmo assim, nos consideramos bons o suficiente para julgarmos quem quer que seja.

domingo, 4 de novembro de 2007

A desconhecida que habita em mim

Olhar a fonte do invisível, rastros de nada contidos em pisos invisíveis. Impossível compreender algo imcompreensível. Impossível me compreender. Como entender coisas ao meu redor que se movem sem sentido algum, sem nenhum caminho específico ou nenhum manual de instrução?
Se eu me olho eu não me enxergo. A desconhecida no espelho. Espelho quebrado, impossível saber quem se é num espelho quebrado. Eu busco minhas próprias respostas em minhas opniões. Mas às vezes elas estão tão imersas em coisas sem razão que eu passo a duvidar se sou eu, ou a mesma desconhecida que habita aqui, em mim.
Coisas ditas há segundos atrás, e eu não me lembro quem falou. Habitam em mim: a desconhecida e eu mesma 'conhecida', que por parte, também desconheço. Um texto complicado e cheios de entrelinhas, que nesse momento sóbrio, só faz sentido para mim. Eu esquecerei daqui a algum tempo o que esse texto reprensentou para mim... Tradução, talvez? Tradução de coisas complicadas que existem interiormente. Os pés no chão frio, a janela fechada, a escuridão do corredor. Olho para mim mesma e me pergunto diversas vezes: 'Quem sou?'
Ontem eu tinha opniões que me faziam orgulhar de mim mesma. Sou mutante, como dizia Raul: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opnião formada sobre tudo. Sobre o que é o amor, sobre que eu nem sei quem sou." Obrigada Raul Seixas. Suas palavras traduzem exatamente o que eu tentei expressar. Sou mutável, sou uma metamorfose ambulante, sou conhecida e desconhecida para mim mesma, e me orgulho disso. Se eu achasse o meu eu, talvez não seria eu mesma.

sábado, 3 de novembro de 2007

A vida até, ou mais além que o fim dela

Nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos... É o processo único da vida, todos passam ou passarão por isso, é inevitável. A própria morte faz parte desse processo, desse caminho. Ontem acordei com o pensamento de que muitas pessoas que eu amo se foram repentinamente, deixando-nos apenas com um espaço em nosso coração guardado só para elas e que ficarão para sempre ali. Lembranças, alegrias e tristezas guardadas naquele espaço dentro de nossos corações.
Quando era criança eu acreditava que quando morrêssemos, iríamos para o céu. Mas jamais acreditei que a vida terminasse quando o coração pára de palpitar, sem nenhuma explicação, apenas viver, morrer e só.
Para um budista vivemos porque temos a capacidade de pensar, não temos alma. Para um cristão vivemos e quando morremos seremos julgados pelo que fizemos na terra, os bons irão para o céu, os maus para o inferno. Para os muçulmanos quanto mais sofrermos aqui na terra, mais felizes e recompensados seremos no céu. Para os espíritas desencarnamos, mas continuamos vivendo num plano superior que a terra, vivendo em espírito... E reencarnaremos quantas vezes forem necessárias para podermos purificar nossa alma e nos tornarmos espíritos de luz que não precisam mais de encarnação. Todas as faces devem ser respeitadas, assim como todas as crenças.
Mas, meu intuito de escrever esse texto não é para falar de crenças, mas sim da saudade guardada no peito de pessoas queridas que de uma maneira ou de outra tiveram de partir, por enquanto, creio eu. Tiveram de partir e só. Não se sabe para onde, com quem, para quê, ou porque... Só se sabe que era preciso, chegara o momento por mais difícil que fosse.
As flores estão ali para suas almas, as velas pela fé, as orações pela lembrança em vida. A morte tem diversas faces, inclusive nenhuma.

domingo, 28 de outubro de 2007

Qualquer coisa que aqui empregada de forma errada, pode não expressar realmente o que eu quero que expresse. Começar um texto de uma forma sem nexo pode ser legal e até mesmo um jeito pra eu entrar no assunto.
Há pessoas que entram em nossas vidas sem sabermos realmente o motivo, e muitas vezes não damos o devido valor que elas realmente possuem. Como diz aquele ditado velho e verdadeiro: 'Só damos valor às coisas, ou às pessoas quando as perdemos', acredito agora que seja a mais pura verdade.
Aqueles momentos que julgamos serem inúteis, perda de tempo, como uma simples conversa pessoalmente ou pelo msn, se tornam muito importantes quando não os temos mais. O ser-humano é assim e não podemos culpá-lo pela sua natureza, pelo instinto do pensamento, instinto da razão.
Se déssemos mais valor as pessoas que realmente se importam conosco, e vivêssemos cada conversa, cada olhar, cada palavra, talvez hoje as memórias boas que estão guardadas no baú fossem realidade.
E a cada vez que olho para trás sinto que perdi algo ou alguém. Ou talvez não o tenha perdido, pois nunca o tive. Mas, a dor da perda só chega agora, tempos mais tarde de saber o quanto uma pessoa pode ser importante, sem nos darmos conta. Tavez agora seja tarde demais...

domingo, 21 de outubro de 2007

Quantos blogs já criei? Foram muitos, uns três, e nunca consegui mantê-los, não sei bem o motivo. Ás vezes por preguiça de escrever ou por não ter tempo. Criei mais um blog e irei escrever não por obrigação, mas sim, pelo desejo de expressar minhas idéias ou qualquer coisa parecida, coisas sem e com razão. Pelo simples prazer de escrever.

Asas Flutuantes


De repente meus sonhos sem cor
Tornaram-se encantadoramente coloridos
Eu me sinto flutuante e para isso não há remédio
Só há você


Tudo é tão inexplicável e tão ameaçador
Fitando além das nuvens eu me perco
Em asas sujas que não podem voar
Então eu caminho pelas ruas esperando você me encontrar


No espelho, vejo a minha imagem distorcida
E eu voltaria momentos atrás para sentir-me completa
E eu me sinto flutuante em asas cortadas
Para isso não há solução, só há uma razão: você


Talvez aqui eu me perca em minhas memórias
Feche seus olhos e você poderá ouvir apenas a melodia
Corações descompassados, corações reconstruídos
A cor da flor terá razão de existir. A mesma cor do amor.