domingo, 24 de agosto de 2008

Geração dos Escravos do Sitema

Tô cheia, de reclamações infundadas, personalidades inventadas, e pseudo-intelectuais. Cansei das mesmas rixas, das reclamações que não nos levam a lugar algum. Pessoas que usam disfarces, que mentem sobre si mesmos escondendo quem são. Pessoas sem reinvidicação, sem coragem pra assumir os próprios medos, escondendo-se em duras carapaças, com frágil proteção. A maioria vivem no limite entre o poder a obsessão do mesmo, entre o amor e o dinheiro, entre a guerra e o egoísmo tão corriqueiro. E pra que poder? Pra que? As pessoas reclamam, sem fundamentos. Não lutam, se conformam. O conformismo virou modo de vida na nossa geração, que cultua computador e o fim dos discos. Vivemos pro trabalho, pro gasto, pra rotina, e esperamos no ócio o nosso derradeiro final. Vivemos tentando criar fakes de nós mesmos, e esquecemos de viver a nossa vida real, que vai além de fakes e fotos, que vai além de personagens criados. Se o jovem é o futuro de uma nação sem futuro, estamos ainda mais enlameados, mais corrompidos pelo dinheiro em potencial, pelas superpotências, e pela queda de nossa cultura. Nós somos apenas raízes de uma potência, isso é um fato. E eu estou cansada do caos de um país que o preserva, que admite que outras nações explorem nossas riquezas, as florestas. Ditamos o fim do preconceito, mas nos deparamos com ele a cada dia. Lutamos pela democracia, mas não sabemos como desfrutá-la, culpamos nossos políticos infames, sem fazermos uma única tentativa de buscar alguém para governar nossa cidade ou país que tenha uma ficha menos suja, menos emporcalhada. Cadê a nossa livre expressão? Fugiu com o conformismo público. Viva o futebol falido, o pão dormido, o samba fodido, a cultura indígena se tornando mundana e se corrompendo com a nossa famosa forma de querer mandar em tudo e em todos, impondo para eles um comércio ou estabelecendo uma igreja a ser seguida (sinônimos), viva também a hipocrisia, a música industrial, o poder, a guerra, a fome, a soberba, o preconceito, o egoísmo, ... o horário eleitoral que mais se parece com um programa de humor, e o nosso conformismo, que nos rodeia diariamente. Geração dos escravos do sistema.

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